Coleção As Pensadoras – Volume 01

Organizadora: Rita de Cássia Fraga Machado

Editora: As Pensadoras

A coleção “As Pensadoras”, lançada em 2021, tem como objetivo publicar a produção acadêmica brasileira sobre o pensamento teórico-prático de mulheres. Da base conceitual à espinha dorsal do pensamento moderno e contemporâneo.

O Volume 1 desta Coleção foi a primeira obra da Editora As Pensadoras que está alinhada ao mercado editorial independente e apoia a propriedade intelectual fortalecida e nasce com a proposta de ser uma alternativa ao mercado editorial tradicional, ampliando a bibliodiversidade.  “Editar livros, definir o que e quem publica, como e quando publicar, é um exercício de poder. Nesse contexto, a Editora As Pensadoras posiciona-se e identifica-se nas frentes que buscam rupturas e reinvenções”, explica Rita Machado.

O Volume 1 está disponível no formato físico e em e-book e reúne 10 autoras, que analisam aspectos do pensamento de Hannah Arendt, Adriana Cavarero, Seyla Benhabib, Margaret Cavendish, Simone de Beauvoir, Angela Davis, María Lugones, Silvia Rivera Cusicanqui e Lélia Gonzalez. Rita de Cassia Fraga Machado apresenta a publicação com o texto “As Pensadoras – Uma experiência de cânone feminista”, seguida de Cecilia Pires com “A ação como traço essencial da condição humana. Uma leitura acerca das ideias arendtianas”, Carla Milani Damião e Carmelita Brito de Freitas Felício com “Vozes singulares Se relacionalidade no pensamento de Adriana Cavarero”, Loiane Prado Verbicaro com “Seyla Benhabib e o ajuste de contas com a modernidade”, Janyne Sattler com “Margaret Cavendish e a impetuosidade da palavra”, Beatrís da Silva Seus com “Para além dos costumes”, Alice de Carvalho Lino Lecci com “Aspectos históricos e políticos do feminismo negro nos Estados Unidos”, Susana de Castro com “Feminismo, subalternidade e decolonialidade”, Lia Pinheiro Barbosa com “Silvia Rivera Cusicanqui, a tecedora de uma Sociologia do Abya Yala” e Karina de França Silva Valle com “Lélia Gonzalez, presente!”.

Os artigos revelam a importância e a real possibilidade de se inaugurar um cânone filosófico feminista de longo alcance, a começar por esta obra. Também disponível em formato físico.

Coleção As Pensadoras – Volume 02

Organizadora: Rita de Cássia Fraga Machado

Editora: As Pensadoras

O Volume 2 da Coleção As Pensadoras, da Editora As Pensadoras, instiga leitoras e leitores ao resgate e à valorização do pensamento e da prática de mulheres que elevaram sua voz e sua escrita em contextos hostis. Educadoras, escritoras e intelectuais que lançam luz às identidades femininas múltiplas, mestiças e silenciadas, desde o passado distante até os dias atuais. Neste livro, a editora As Pensadoras publica artigos inéditos sobre aspectos da obra de Nísia Floresta, Nadezhda Krupskaia, Maria Firmina dos Reis, Sandra Harding, Gloria Anzaldúa, Heloísa Buarque de Hollanda e Marta Lamas.

A apresentação é feita por Patrícia Guimarães Gil com o texto “Trilhas de um pensamento feminista complexo”, seguida pelas obras de Rita de Cássia Fraga Machado com “Nísia Floresta: Pensamento pedagógico-feminista”, Samantha Lodi com “Uma estrela vermelhra”, Fernanda R. Miranda com “Escritora, pensadora e abolicionista negra”, Maria Helena Soares com “O contragolpe feminista na ciência dominante” e Marina Costin Fuser com “Construir pontes, atravessar fronteiras: a potência do encontro em Glória Anzaldúa”.

O trabalho da Editora As Pensadoras dá sequência ao objetivo de contrapor dados da realidade editorial brasileira, como demonstra pesquisa coordenada pela professora Regina Dalcastagnè (UnB), que analisou romances publicados pelas principais editoras do país entre 1990 e 2004, autores do sexo masculino eram maioria nesse cenário (72,7%). Ainda, o mercado editorial é marcado pela homogeneidade racial e geográfica: 93,9% dos autores eram brancos, e 60% residiam na região Sudeste do Brasil. Outro estudo conduzido pela professora e equipe de alunos pesquisadores evidencia que esse perfil também é predominante nas premiações literárias no Brasil, com apenas uma mulher premiada entre 30 prêmios concedidos no período de 2006 a 2011.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTUDOS DE REVISÃO DO CAMPO NO BRASIL

Organizadores: José Bittencourt da Silva e Marília Andrade Torales Campos

Editora: Apriss

Para além do simplismo e das frivolidades ainda vicejantes em muitos produtos científicos e acadêmicos, este livro pretende contribuir com o debate crítico no campo da EA brasileira, suscetível de servir de apoio teórico para práticas inovadoras no chão da escola e em outros espaços formativos sociais, desvelando as interfaces entre os processos sociais, políticos, econômicos e culturais e a crise ambiental contemporânea. O leitor encontrará aqui uma coletânea de textos que debatem a produção teórica acerca de temas e problemas relevantes nesse campo, tendo como pressuposto a criticidade analítica dos conteúdos, mas sempre respeitando os múltiplos posicionamentos, as diferentes abordagens teóricas e metodológicas de investigação, sem preterimento da devida e necessária análise questionadora, nunca direcionada aos autores especificamente, mas ao produto final de seus trabalhos, os quais são publicizados e disponibilizados aos interessados em discutir os múltiplos assuntos educacionais ambientais em escala global, nacional, regional ou local.

PARA ALÉM DA SALA DE AULA

Autoras e Autor: Wilma de Nazaré Baía Coelho, Nicelma Josenila Costa de Brito, Carlos Aldemir Farias da Silva e Sinara Bernardo Dias.

Editora: Editora Livraria da Física

Ano: 2022

A obra “Para além da sala de aula: sociabilidades adolescentes, relações étnico-raciais e ação pedagógica”, cumpre o objetivo de relacionar duas dimensões da vida escolar de estudantes de seis escolas públicas de Belém do Pará, ao analisar sociabilidades adolescentes constituídas no ambiente escolar, perscrutando como a dimensão étnico-racial é incorporada nestas relações; analisa também a atenção dispensada pelas ações pedagógicas a essas relações, a partir de um conjunto de fontes documentais e orais obtidas na incursão ao acervo das escolas e na interlocução com os(as) agentes (professoras, gestoras e coordenadoras pedagógicas) que daquelas instituições fazem parte. O enfoque repousa sobre a investigação de como as sociabilidades adolescentes são percebidas pela escola e que ações despertam, buscando relacionar o conteúdo axiológico presente no saber escolar às ações pedagógicas diante das sociabilidades adolescentes.

Desenvolvida no âmbito de uma pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a reflexão central que atravessa o livro constitui-se em compreender como a escola lida com as sociabilidades adolescentes em interface com a Educação das Relações Étnico-Raciais, ao analisar as formas de sociabilidades engendradas no âmbito escolar, ao estabelecer relações de hierarquias, particularmente, no que concerne à questão racial. Problematiza, ainda, a percepção das agentes escolares no que concerne ao trabalho pedagógico desse grupo de estudantes em relação à diversidade e às formas de socialização constituídas por adolescentes e jovens nas escolas estudadas.

As práticas educativas realizadas nas instituições educacionais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio não ocorrem isoladamente ou à margem do modo como transcorrem as relações étnico-raciais na sociedade brasileira, mas estão inseridas nos processos de dominação simbólica – ou não – nas relações estabelecidas entre diferentes grupos. O estudo elucida as formas de sociabilidades valorizadas entre as estudantes, e como essas, por vezes, reproduzem, articulam ou subvertem os estereótipos que pautam as práticas discriminatórias recorrentes no Brasil e no universo escolar, virtual ou presencial.

Antologia MULHER, vida e inspiração

Autoras:
Domingas da Conceição, Domingas Ramos, Eunete Guimarães.

Livro lançado pelo Coletivo Mulheres em Movimento.

Editora: Editora Talentos

A obra possui 23 autoras, traz textos, poesias e relatos de mulheres, são histórias de vida de mulheres em seu dia a dia, com suas lutas, sofrimentos e alegrias. O Coletivo de Mulheres em Movimento de Porto Nacional, Tocantins, com a finalidade de acolher e defender, indistintamente, todas as mulheres na luta pela equidade de gênero, promove este Projeto com o propósito de descortinar e dar visibilidade à vida e ao potencial da mulher através da literatura.

A CONSTITUIÇÃO DO CAMPO CIENTÍFICO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO AMAZÔNICO

Autoras: Arlete Maria Monte de Camargo, Antonia Costa Andrade, Leila Maria Camargo (organizadoras).

A Coletânea “A constituição do campo científico sobre formação de pro­fessores no contexto amazônico” é fruto do trabalho realizado por professores e acadêmicos vinculados ao projeto de “Pesquisa em Educação na Amazônia: História, política, formação de professores e diversidade cultural”, submetido ao Edital n.º 21/2018/Capes, que integra o Programa Nacional de Coopera­ção Acadêmica (Procad). São três as instituições vinculadas aos programas de pós-graduação em Educação: Universidade Federal do Amapá – Unifap (proponente), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Estadual de Roraima (Uerr). A problemática central, do projeto pelo Procad Amazônia, investiga “como se configura a educação na Amazônia em seus contextos históricos e políticos, bem como nas dimensões da formação de professores e sua relação com a diversidade cultural?” E o seu objetivo principal consiste em “contribuir para a consolidação e fortalecimento da pesquisa, da graduação e da pós-gra­duação na região”. 

A cooperação interinstitucional busca contribuir com os seguintes aspectos: para a diminuição das assimetrias regionais observadas no Sistema Nacional de Pós-Graduação; para a qualificação e aprimoramento de equipes de pesquisa; para a formação de recursos humanos de alto nível por meio do fortalecimento de Programas de Pós-Graduação; para a ampliação do número de publicações; para a mobilidade institucional e oferecimentos de disciplinas, realização de pesquisas conjuntas; e para a realização de está­gios pós-doutoral. No contexto do problema, do objetivo central e das contribuições, esta coletânea se insere pertinente e de grande importância por possibilitar o debate sobre a formação de professores na e para a Amazônia, temática que ainda carece de muitas pesquisas e análises. Um campo de possibilidades que urge se tornar cada vez mais central em nossos Programas de Pós-Graduações. A publicação apresenta resultados do estudo do eixo de formação de professores que vem sendo realizado, principalmente a partir do ano de 2020, período em que a pandemia de Covid-19 forçou o isolamento social, alterando, em grande medida, as condições de sobrevivência e os percursos metodológi­cos do ensino, da pesquisa e da extensão, entre outras profundas mudanças. Neste contexto, com condições objetivas e materiais restritas para a maioria da população o mundo, se deu a produção desta coletânea.

GeronTOcantins

Autor(es): Neila Barbosa Osório, Luiz Sinésio Silva Neto e Fernando Afonso Nunes Filho (Organizadores).

Editora: Atena

O livro “GERONTOCANTINS: Estudos sobre a Educação ao Longo da Vida na Amazônia Legal” é uma coletânea de publicações sobre Práticas educativas, Gerontologia e Educação intergeracional, escrito por muitas mãos de pesquisadores da Universidade da Maturidade, da Universidade Federal do Tocantins (UMA/UFT).

Educação, Diversidades e Culturas: entrecruzamentos nas Amazônias.

Autor(es): Alexandre Adalberto Pereira; Carmem Véra Nunes Spotti; Lúcia Isabel da Conceição Silva (Organizadores).

Este livro representa o esforço pela consolidação e fortalecimento da pesquisa educacional na Amazônia, em especial aquelas vinculadas as questões das diversidades, a sociedade e a cultura e que são desenvolvidas no âmbito dos Programas de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amapá (PPGED/UNIFAP), Universidade Federal do Pará (PPGED/UFPA) e Universidade Estadual de Roraima/Instituto Federal de Roraima (PPGE/UERR/IFRR). Essas instituições que se irmanaram por meio da articulação promovida pelo “Projeto de Pesquisa em Educação na Amazônia: História, política, formação de professores e diversidade cultural”, financiado pelo Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia/ Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROCAD/Amazônia/CAPES). Partimos do pressuposto de que a cultura é processo dinâmico que perpassa em todas as dimensões da vida social. E que a diversidade e sua relação com a educação pressupõe entender tais fenômenos como resultados e determinantes de ações políticas, econômicas e sociais, conformadoras e geradoras de significados, aceitações e resistências.

NARRATIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA: vozes de docentes e discentes das escolas estaduais de Palmas, Tocantins.

Autora: Maria de Lourdes Leoncio Macedo.

O objetivo deste estudo foi o de narrar às memórias do ensino de História no 9º ano do ensino fundamental, nas vozes de docentes e discentes, em seis escolas estaduais da cidade de Palmas, estado do Tocantins. As memórias foram narradas a partir das categorias: professores que atuam no 9º ano do ensino fundamental, graduados e que ministram a disciplina de História; e estudantes matriculados no 9º ano. O questionamento que norteia este estudo: como ocorre o ensino de história em escolas públicas estaduais de Palmas. A metodologia utilizada foi história oral temática, com entrevistas semiestruturadas, cujas narrativas de professores e estudantes fundamentam-se na vivência da sala de aula. O referencial teórico está estruturado com base no “olhar” de diversos autores sobre o ensino de História. Desenvolveu-se a pesquisa qualitativa, realizou-se a revisão bibliográfica, documental e de campo. Participaram da pesquisa 28 (vinte e oito) sujeitos, sendo 07 (sete) professores do ensino de História e 21 (vinte e um) estudantes do 9º ano de seis escolas da rede estadual de Palmas, Tocantins.

Os resultados obtidos no estudo em escolas da rede estadual de ensino do estado do Tocantins, por meio da vivência nas escolas, da análise dos documentos, e nas entrevistas com professores e estudantes, apontam para a necessidade de revitalização, tanto na estrutura física, quanto na aquisição de equipamentos pedagógicos e tecnológicos, que propiciem o ensino de qualidade. Os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas apresentavam ações e projetos pontuais; os documentos possuem uma concentração de ações nas disciplinas de língua portuguesa e matemática, o ensino de História fica praticamente invisível. Pelos relatos, os estudantes identificam-se com a disciplina de História, a maioria sente-se sujeitos da história ensinada nas escolas e sugere melhorias no ensino. Nas narrativas, os professores afirmam que os estudantes do 9º ano têm dificuldades no domínio da leitura e da escrita, uma questão a ser pesquisada, pois os estudantes entrevistados apresentam uma boa oralidade. Além de formação continuada para os professores de História, percebe-se a necessidade de formação para os coordenadores pedagógicos, visto serem eles os orientadores da prática de ensino dos profissionais de História. Por meio das narrativas de professores e estudantes pode-se afirmar que suas memórias e vivências trazem compreensão e “novos olhares” sobre o ensino de História nas escolas públicas da rede estadual, pesquisadas em Palmas/TO.

Palavras-chave: Ensino de História. História Ensinada. História Oral. Memórias.

POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO AMAPAENSE: diagnósticos e desafios.

Autores: André Rodrigues Guimarães, Antonia Costa Andrade, Arthane Menezes Figueirêdo (Organizadores).

O livro Política e gestão da educação amapaense: diagnóstico e desafios é uma coletânea composta por estudos apresentados no II Encontro Estadual Amapaense da ANPAE e no III Seminário Estado e Política Educacional. Realizados no período de 09 a 11 de fevereiro de 2021, esses eventos decorrem da articulação entre a Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE) e o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), especialmente com o envolvimento do Curso de Especialização em Política Educacional (CEPE) e da Linha de Pesquisa em Políticas Educacionais (LPE). Como objetivo comum das entidades organizadoras está o interesse pela compreensão das realidades educacionais, em especial, no campo da Política e Gestão, para ampliar o direito social à educação.

EDUCAÇÃO EM FOCO: PESQUISA EM EDUCAÇÃO NA AMAZÔNIA (Clique aqui)

Autores: Wendell Fiori de Faria, Rosângela de Fátima Cavalcante França, Clarides Henrich de Barba e Marilsa Miranda de Souza (Organizadores).

Esta publicação é um trabalho coletivo de pesquisadoras e pesquisadores das regiões brasileiras Norte e Centro-Oeste que atentam às demandas e/ou discussões e análises de diferentes e importantes temáticas no campo Educacional. A organização deste livro é o resultado dos esforços e investimentos intelectuais de grupos e redes de pesquisas, ensino e extensão de pessoas que dedicam ao ato de Educar e Pesquisar em importantes instituições de Ensino Superior do Brasil. Equipes que defendem a educação pública, gratuita e de qualidade.

Esta obra, produzida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação da Fundação Universidade Federal de Rondônia (PPGE/UNIR), apresenta estudos e pesquisas – produtos de Inquietações, reflexões e compromissos de grupos e redes de pesquisa, ensino e extensão vinculados a universidades públicas federais das regiões Norte (UNIR, UFAC, UFAM e UFOPA), Nordeste (UFS) e Centro-Oeste (UFTM), em torno de questões educacionais voltadas à educação básica e superior, delimitadas aos campos das políticas públicas e da formação docente.

Dadas as dimensões territoriais brasileiras e o tamanho de sua população, além do descaso da classe política, podemos constatar que a Educação continua uma matéria pendente para o Brasil. Sobretudo, as grandes diferenças geográficas, socioeconômicas, políticas, culturais e inclusive ecológicas, que afetam a cada região deste país, contribuindo para manter um sistema educativo marcado por desigualdades regionais até os dias atuais, permanecendo retratadas nas muitas caras de uma realidade a ser superada: uma política educacional ainda incipiente, com um longo caminho a ser percorrido, até porque os problemas educacionais são também problemas sociais e, portanto, essencialmente problemas políticos.

Quando nos reportamos aos Estados da Amazônia legal, ainda que não sejam exclusivas, nos deparamos com dificuldades de várias ordens: além do analfabetismo, enfrentam problemas que estão diretamente relacionados ao acesso à escola, a comunicação, ao trabalho infantil, ao planejamento escolar e a fiscalização dos recursos públicos destinados à educação. Estes problemas perpassam também pela gestão educacional, o insuficiente transporte escolar, a baixa qualidade da formação dos professores e a carência de estrutura física e de material didático, assim como o desrespeito a carreira docente, dentre muitos outros.

Nesse sentido, esta Coletânea busca socializar uma produção acadêmico-científica de docentes, discentes e egressos de programas de pós-graduação em educação a partir de contextos plurais, priorizando temáticas de grande relevância na atualidade, com enfoques teórico-metodológicos diversos e uma abordagem dialética de seus “achados” bibliográficos, documentais e/ou empíricos, demonstrando uma riqueza de informações que oportuniza ao leitor uma reflexão aprofundada das realidades estudadas.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA INTERNACIONALIZAÇÃO

Autoras: Olgaíses Cabral Maués, Arlete Maria Monte Camargo e Maria da Conceição Rosa Cabral (Organizadoras).

Editora: Fino Traço

Ano: 2022

A presente coletânea intitulada “Internacionalização, Organismos Internacionais e Formação de Professores” é o resultado da pesquisa A Internacionalização da Educação Superior, os Organismos Internacionais e os Impactos nos Programas de Formação de Professores, desenvolvida a partir do Edital Universal/CNPq e realizada pelo Grupo de Pesquisa Políticas Educacionais, Formação e Trabalho Docente da Universidade Federal do Pará (GESTRADO/UFPA).

(REL)ATOS EDUCATIVOS: EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS EM PESQUISA (2021) (Clique aqui)

Autores: Samilo Takara, Josemir Almeida Barros e Rosangela Aparecida Hilário (Organizadores).

Tratar das condições e circunstâncias com as quais se faz pesquisa e pós-graduação na Região Amazônica parece até falar de questões relativamente óbvias, face ao estado de desmantelo imposto à ciência e às instituições públicas que, neste país, se lançam no desafio da produção do conhecimento científico e de sua disseminação sob diferentes formas de acesso. Assim, nesse cenário de condições tão adversas, a pesquisa e a produção do conhecimento em educação devem ser revestidas ainda mais de sua importância e potencial ante a necessidade de enfretamento de assimetrias e desigualdades tão presentes na região. De outra feita, faz-necessário, também, reconhecer a substantiva contribuição advinda, na última década, da expansão da pós-graduação em educação na Região Norte, a fim de diminuir algumas distâncias, sair do isolamento, ampliar as formas de diálogo, enfrentar dificuldades e buscar algumas respostas para problemas que pareciam se configurar como barreiras de difícil transposição. Essas barreiras se mostram no acesso à pós-graduação stricto sensu na Região Amazônica, no avanço da pesquisa em educação e nas possibilidades para permitir aos amazônidas buscarem qualificação e titulação sem, necessariamente, terem que recorrer aos grandes centros com maior visibilidade, inserção e tradição na pesquisa educacional.

A obra está configurada em cinco eixos temáticos, os quais encerram diferentes olhares e formas de abordagem que, descomprometidos com a intenção de entrecruzarem-se, retratam questões que mantêm a centralidade da discussão nos domínios do ensino, das práticas pedagógicas, das políticas públicas educacionais, da formação, da diversidade étnica e da pluralidade na confluência com a pesquisa em educação em suas múltiplas linguagens, fontes, discursos, abordagens e metodologias. A leitura do material mobiliza os interesses de pesquisadores(as) de diferentes estados, instituições e programas de pós-graduação em educação da Região Norte, serve, ainda, de elemento mobilizador para aprofundar estudos e adotar outros gêneros de escuta e de interpretação acerca de problemas e questões que ainda carecem de investigação e adensamento sob o crivo da pesquisa educacional.

Sabendo que a Identidade Cultural faz com que os sujeitos desenvolvam o sentimento de pertencer a um grupo, os povos que habitam a Amazônia sabem também que a diferença genética não pode ser usada para distinguir um povo do outro e que “raça” é uma categoria discursiva e não biológica. Sendo assim, nossa identidade é definida historicamente, e não biologicamente. Esperamos que as muitas reflexões desta obra sirvam como orientação para todos aqueles que de alguma forma se relacionam com a Educação. Sejam os responsáveis por implementar Políticas Públicas, sejam professores, pais ou alunos. Porém, o que desejamos de verdade é um mundo melhor. Que nossa Amazônia possa representar os anseios da humanidade principalmente respeitando as diferenças e a diversidade.

PESQUISA EDUCACIONAL NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: CENÁRIOS E DEBATES EMERGENTES

Autores: Rafael Fonseca de Castro, Angela Maria Gonçalves de Oliveira e José Flávio da Paz (Organizadores).

A realidade é mutável, e não perceptível a um primeiro olhar. Ao contrário do que se possa pensar, não basta ser e estar em um local para que se compreenda aquela realidade. É necessário identificar e compreender os condicionamentos internos e externos, os interesses em disputa, e também as subjetividades. E isso exige esforço investigativo e posicionamento.

Pesquisar é buscar respostas. De certo modo, todos nós fazemos isso, e quase que constantemente. Porém, quando se trata de uma pesquisa com fins acadêmicos, para a elaboração de um trabalho de conclusão de curso (na graduação), para a escrita de uma dissertação (no mestrado) ou de uma tese (no doutorado), assim como na elaboração de relatórios para prestação de contas de projetos aprovados em nossas instituições ou para a elaboração de artigos a serem publicados em livros ou periódicos; nesses casos, a pesquisa alcança maior complexidade. Não deixa, no entanto, de ter o mesmo princípio: a busca por resposta(s). Portanto, requer uma questão, um problema. O passo inicial e quase sempre mais difícil, que demanda maior tempo, é a formulação do problema. O que nos incomoda, à primeira vista, nem sempre se constitui no verdadeiro problema de pesquisa. Quase sempre, ao observarmos mais atentamente, notamos que estamos diante de algo que parece ser o problema, no entanto, é apenas uma pista falsa. Precisamos, então, conhecer mais sobre o assunto em questão, verificar a fundo o que já é conhecido sobre o objeto que estamos nos propondo a esmiuçar e, concomitantemente, vamos nos interrogando sobre quais os objetivos que desejamos alcançar, e o que precisamos fazer para alcançarmos os objetivos. Eis, em linhas gerais, o ritual da pesquisa.

O presente livro se organiza a partir do trabalho do coletivo de docentes do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). E seu conteúdo é fruto de estudos e investigações originados nesse programa somados a estudos e investigações de colegas docentes que desenvolvem pesquisa educacional em outros estados que constituem a Região Norte e parte da Amazônia Brasileira.

Trata-se de uma obra que comunica uma série de pesquisas em Educação que vêm sendo desenvolvidas no estado de Rondônia, mas em diálogo com pesquisas educacionais em contextos específicos dos estados do Acre, do Amazonas, do Pará, do Tocantins e de Roraima, constituindo um conjunto de cenários e debates sem fronteiras, sob a égide da democracia, da pluralidade, da inclusão e do respeito às diferenças. São inúmeras as temáticas abarcadas ao longo dos três eixos estruturantes do livro “Pesquisa educacional na Região Norte do Brasil: cenários e debates emergentes”, que se apresenta, para além de suas contribuições para pensar a Educação na Região Norte, como uma ação de resistência. Por resistir a uma pandemia impiedosa e a constantes ataques contra a ciência, toda a obra construída em tempos tão difíceis é resistência. E este livro é resistência.

Do norte ao sul das américas. PDPI E ETA: eixos combinatórios da hegemonia estadunidense na Educação brasileira

Autoras: Darllen Almeida da Silva e Norma-Iracema de Barros Ferreira.

Editora: Navegando

Ano: 2020

Do Norte ao Sul das américas; PDPI e ETA: eixos combinatórios da hegemonia estadunidense na Educação brasileira é obra resultante da Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGED/UNIFAP, sob a orientação da Profa. Dra. Norma-Iracema de Barros Ferreira.